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“Endgame traz de facto um sentimento de conclusão, fechando todas as pontas soltas dos filmes restantes”

Por JOÃO PEDRO EUGÉNIO *

Thanos
Josh Brolin, como Thanos.

Sinopse

Depois de Thanos (Josh Brolin) varrer metade dos seres vivos da face do universo, na qual se incluíam parte considerável dos super-heróis da Terra, o que resta dos Vingadores agrupa-se com um só objetivo: encontrar o vilão púrpura, tirar-lhe a manopla do Infinito (de preferência à força) e reverter o mal que foi feito. Desta vez contam com uma contratação de última hora: a Capitã Marvel (Brie Larson).

Crítica

Como nota prévia, devo dizer que quando pensei na crítica que ia fazer, idealizei um texto cheio de “spoilers”. No entanto, o Thanos pôs-lhe a vista em cima e apagou-os todos. Fora de brincadeiras, porque o assunto aqui é sério, é difícil analisar um filme onde tanto se passa, sem poder falar na esmagadora maioria desses momentos. E que momentos. Ainda por cima com o que vemos nos trailers a acontecer, como algumas teorias propunham, praticamente só nos primeiros 15 minutos (que servem como prefácio).

Thor e Captain America viajam ao passado.

Mas vale a pena tentar analisar a película, porque, sem exagero algum, apetece-me convidar energicamente todos aqueles para os quais os heróis da Marvel (dos comics ou dos filmes) lhes diz algo, a ver este derradeiro capítulo das primeiras 3 fases do universo cinemático da casa das ideias. O ênfase aqui deve ser posto em “derradeiro”, porque Endgame traz de facto um sentimento de conclusão, fechando todas as pontas soltas dos filmes restantes, acabando o arco dos principais protagonistas de forma definitiva ou alterando brutalmente o seu caminho e lançando pistas para futuras obras, onde caberão certamente as personagens mais recentes e outras que aparecerão.

Isto tudo fazendo-se valer ao mesmo tempo como filme individual, também repleto de referências ao mundo da banda desenhada, mesmo nos momentos mais inesperados. Poder-se-ia dizer que há um personagem que é particularmente desvirtuado, mas também aí é interessante imaginar que caminho vai seguir agora.

Robert Downey Jr como Tony Stark/Iron Man.

Se a primeira parte do filme serve de prefácio, a segunda serve como um plano que — se seguido à risca — vai colocar tudo definitivamente nos eixos. É nessa parte, um autêntico passeio nostálgico que não poucas vezes nos põe um sorriso no rosto, uma homenagem aos filmes anteriormente lançados, que de tão bem idealizado pelos irmãos Russo nos faz pensar há quanto tempo tinham imaginado seguir esta ideia.

E que dizer do último terço do filme… Quando começamos a pensar que tudo se aproxima do seu término e que poucas surpresas mais surgirão, com um desfecho expectável a aproximar-se, é então aí que nos enganamos redondamente. Lembro-me de pelo menos três momentos decisivos que me fizeram arrepiar e provocar um aplauso geral na sala, por tudo aquilo que significavam e pela maneira como nos foram dados a ver. E ainda foi possível, já bem no final do terceiro capítulo e, por isso, no final daquela que já é apelidada pelo produtor Kevin Feige a “Saga do Infinito”, contemplar uma conclusão que ao mesmo tempo que se distancia do tom do filme de super-heróis, parece fazer pleno sentido e dar um toque final de classe superlativa à obra e ao universo em que se insere.

Infinity Gauntlet, de Jim Starlin, a BD que serviu de inspiração ao filme.

Bem, acho que já chega de elogiar o filme, sem dizer absolutamente nada de concreto. Vejam por vocês e se o turbilhão de emoções que vão percorrer o permitir, dêem a vossa opinião. Sempre sem “spoilers”, claro.

João Pedro Eugénio é um leitor assíduo de comics e um recém-convertido ao universo bedéfilo de Hellboy

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